segunda-feira, 23 de junho de 2014

A Copa do Mundo é nossa

Bom, ontem realizei uma de minhas maiores experiências e emoção que presenciei em um evento esportivo. Sou obrigado a relatar essa vivência de como é maravilhoso participar de uma copa do mundo. Fui ao jogo entre Coreia do Sul x Argélia, um jogo de muitos gols que terminou 4x2 para os argelinos e que teve muita festa.
Quero dividir esse momento em 5 partes: Pré jogo, jogo, pós jogo, Beira-Rio e o resumo do que funcionou e o que podia ser melhorado. Vamos a elas então:
O PRÉ-JOGO
A melhor parte da Copa do Mundo! Como queria aproveitar ao máximo, chegamos cedo a Porto Alegre, onde deixamos o carro no estacionamento do Shopping Praia de Belas e fomos a luta! Como o horário de funcionamento do Shopping iniciava às 10 horas, e a festa “FIFA Fan Fest” começava às 11 horas, ficamos circulando em volta do Praia de Belas onde ali começavam a aparecer os animados argelinos, com suas músicas, que mais pareciam rodas de capoeira. Ali começava a festa! Pelas ruas se via muitos estrangeiros, cada um de uma nacionalidade, não somente os coreanos e argelinos que viriam a jogar à tarde no estádio Beira-Rio. Os coreanos chegaram um pouco mais tarde, mas não menos animados. Já no ônibus que traziam eles, já via a empolgação, pois a grande maioria deles já acenava, encantados, mesmo antes do desembarque.
O caminho do gol (lugar onde as ruas foram fechadas e levavam a torcida de a pé ao estádio) foi magnífico. Viam-se pessoas em grupos, ou sozinhas, cantando, felizes, todos eles educados e companheiros. Ali terminava a rivalidade entre gremistas e colorados, brasileiros e argentinos, coreanos e argelinos. Eram um só time, todos reunidos com o objetivo de festejar o evento da Copa do Mundo. Esses 2 Km, 3 Km era só alegria. Chegado a uma determinada distância, somente os que tinham ingressos para o jogo que poderiam seguir adiante o caminho. E lá fomos nós! Ali, na beira do estádio, ficamos debaixo de uma sombra, esperando a hora do jogo se aproximar, e foi aí o nosso maior contato com os gringos, principalmente com dois franceses, Benjamin Charles e Jobinho Dary. Os franceses ficaram ali conosco, tomando suas cervejas e festejando, onde começamos a nos enturmar e interagir com eles. Ficamos ali, conversando, brindando cerca de duas horas, e nesse período conhecemos diversas pessoas de todos os continentes, principalmente com os sul-coreanos, todos muitos simpáticos e sorridentes, inclusive tendo experimentando um sanduiche sul-coreano. Interagimos com um casal de mexicanos, onde conversamos sobre a “touca” brasileira e com os animados estadunidenses que ali estavam. Também, havia uma menina sul-coreana que pintava o rosto de pessoas ali em volta, onde não pude deixar de pintar o meu também. Neste meio tempo, aprendemos os gritos de guerra das duas nações, (“daehanminguk”, dos coreanos e “one, two, three, Viva Algery” dos argelinos), onde foi que em um dessas vezes, que gritávamos o canto de guerra da Coreia, veio uma Televisão sul-coreana nos filmar, com transmissão ao vivo para a Coreia. E era o momento de ir ao estádio!
O JOGO
O jogo em si foi deixado de lado, o importante era a festa, os gritos das arquibancadas e a expectativa da torcida de que dariam muitos gols e jogadas bonitas. Exceto o povo das duas nações que se enfrentavam, o restante não tinha um time a torcer, vibravam com todos os lances bons, independente da equipe que era. Para nossa sorte, uma chuva de gols, um 4x2 onde vibramos com os 6 gols e cantava vários cânticos, onde surgiu um emocionante “Ah, eu sou gaúcho” cantado por todos os torcedores ali presentes.
PÓS-JOGO
Um caminhão e um trio elétrico acompanhavam a torcida em direção inversa no caminho do gol. A festa era a mesma, com os coreanos um pouco mais quietos e todos muito mais cansados. A festa se estendeu a FIFA Fan Fest e ao shopping Praia de Belas, onde jantamos e deixamos a Copa, mas trouxemos conosco esse momento marcado para sempre.
O BEIRA RIO
Colorados, assim como nós gremistas temos orgulho de possuir uma linda Arena, se orgulhem: O estádio de vocês é lindo! Tem muita coisa a terminar ainda, como por exemplo, os azulejos na parte interna e o melhoramento na organização de filas em bares e banheiros, mas isso com o tempo se ajeitam. Não sei se é porque era um evento Fifa, ou é normal assim mesmo, mas a entrada do Beira Rio foi muito rápida e tranquila. Entrei mais fácil no jogo da Copa do Mundo do que em um jogo de Libertadores. Não se viam muitas filas formadas e o acesso a rampa foi rápida. Alguns gringos reclamavam do entorno, e das filas nos corredores, mas como citei antes, o tempo irá ajeitar isso. Antes que me perguntem, não tem como comparar Arena x Beira Rio, os dois são belos, cada um de sua forma tem seus encantos e problemas.
FUNCIONOU x PODIA SER AJUSTADO
Bem amigos, sabemos que a Copa chegou antes de ficarem prontas as muitas obras vistas por aí, mas vamos primeiro, com a segurança. Em todos os cantos havia vários homens do Batalhão de Choque. Tudo muito seguro e sem princípios de confusão alguma. Faltaram mais informações, principalmente a estrangeiros, de como e onde estacionar. Havia vários voluntários, policiais, guardas da EPTC, mas nenhum deles sabia precisamente passar a informação. Na Fifa Fan Fest, o caminho de entrada  e saída, deveriam ser invertidos, pois no momento em que saía do local, tinha que caminhar em direção a entrada para seguir o “caminho do gol”. Os franceses que encontramos, criticaram muito o trânsito e as linhas de ônibus de Porto Alegre. Fizeram uma comparação ao de Belo Horizonte e elogiaram muito o mineiro. Aqui tiveram que esperar muito tempo e faltavam informações. Como chegamos cedo, não sei como foi a “tranqueira” no trânsito para chegar, mas para sair foi um caos, apesar de ter esperando a grande maioria sair. Demoramos cerca de 1 hora para efetuar um caminho que em 15 minutos faríamos normalmente.
Enfim, caminhamos muito, cansei pra caramba, teve alguns probleminhas de estruturas, mas a Copa estava demais. Valeu cada centavo e tempo investido. Pra quem leu até aqui, forte abraço!


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